quinta-feira, 17 de setembro de 2015

COMO A CAFEÍNA PODE AUMENTAR SUA PERFORMANCE E AJUDAR A EMAGRECER?

Por Guilherme Renke 

O famoso "cafezinho" é paixão de muita gente e, também, um ícone nacional. O café chegou a ser o produto mais exportado do Brasil no final do século XIX. Atualmente é difícil encontrar alguém que não tome um todos os dias. Mas, afinal, ele ajuda na performance esportiva e é bom para a nossa saúde? Diversos estudos mostram que a cafeína tem efeitos benéficos na performance esportiva. 
Uma revisão de estudos de Jane Shearer et al publicada em 2014 na revista Nutrition Reviews da Oxford University (fator de impacto: 6.076) mostra que o consumo do café mesmo em pequenas doses resulta em efeitos benéficos na performance esportiva em toda a gama de atividades atléticas. Outro estudo muito interessante de Hodgson et al publicado em 2013 na revista PLoS One (fator de impacto: 3.234) mostra que o consumo do café puro ou da cafeína 1h antes do exercício esteve associada com aumento de quase 5% na performance em comparação com a bebida descafeinada ou placebo. 

Além de ser ótima para a performance a cafeína ajuda também na perda de peso. Isso porque, ela é um excelente termogênico como mostra o estudo de Fernández-Elías et al publicado em 2014 no International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism. (fator de impacto: 1.910). Segundo o estudo a cafeína atua de maneira positiva mantendo um alto gasto do metabolismo por até 3h após o término de um de exercício físico. 
O consumo do café ainda está relacionado com menor risco do desenvolvimento do diabetes. Uma pesquisa feita em Harvard mostrou que consumir café todos os dias diminuiu o risco de desenvolver diabetes 2. Tanto o café comum quanto o descafeinado foram associados com o a diminuição de risco de diabetes tipo 2. Muitas pessoas tem receio de consumir o café devido a possíveis relações com piora da hiperatividade. Mas o estudo de Pandolfo et al publicado em 2012 na revista European Neuropsychopharmacology (fator de impacto: 5.395) mostra exatamente o contrário. 

Segundo o estudo uma xícara de café tem efeito similar à 10mg de ritalina. Sendo a dose ideal de cafeína de 5mg/kg. Para fechar os benefícios do café com “chave de ouro“ o estudo de Freedman et al publicado em 2012 no New England Journal of Medicine (fator de impacto: 55.873) mostra que o consumo regular do café é inversamente proporcional a mortalidade por todas as causas. Vale lembrar que a dose máxima de cafeína por dia de acordo com a RDC n 18/2010 Anvisa é de 420mg ou média de 3mg por kg/peso de maneira individualizada. Procure sempre a orientação do médico e do nutricionista para toda a sua alimentação e saúde. 

Referências bibliográficas: 1) Jane Shearer, Terry Graham. Performance effects and metabolic consequences of caffeine and caffeinated energy drink consumption on glucose disposal. Nutrition Reviews Oxford. October 2014 2) Neal D. Freedman, Ph.D., Yikyung Park, Sc.D. et al. Association of Coffee Drinking with Total and Cause-Specific Mortality. N Engl J Med 2012; 366:1891-1904 3) Jane Shearer. Methodological and metabolic considerations in the study of caffeine-containing energy drinks. Nutrition Reviews Oxford. October 2014 4) Fernández-Elías VE, Del Coso J et al. Ingestion of a moderately high caffeine dose before exercise increases postexercise energy expenditure. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism [2015, 25(1):46-53] 5) Chisa Matsumoto, Howard D Sesso. Abstract P074: Caffeine Intake May be Associated with a Lower Risk of Type 2 Diabetes in the Physicians’ Health Study and Meta-Analysis. Circulation.2014;129:AP074 6) Konstantinos Ioannidis, Samuel R Chamberlain. Ostracising caffeine from the pharmacological arsenal for attention-deficit hyperactivity disorder – was this a correct decision? A literature review. J Psychopharmacol July 1, 2014 7) Pablo Pandolfo, Nuno J. Machado. Caffeine regulates frontocorticostriatal dopamine transporter density and improves attention and cognitive deficits in an animal model of attention deficit hyperactivity disorder. European Neuropsychopharmacology. Volume 23, Issue 4, April 2013, Pages 317–328

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

ENVELHEÇA E EMAGREÇA COM SAÚDE: FAÇA EXERCÍCIOS E TENHA UMA BOA ALIMENTAÇÃO

Por Gustavo Luz 

Na meia-idade, os indivíduos ativos devem repor as perdas impostas pela atividade física e proporcionar condições que podem favorecer o treinamento no longo prazo. Com o passar dos anos, nossas necessidades nutricionais mudam, pois não é só o nosso organismo que sofre alterações com o passar do tempo, mas o estilo de vida acaba mudando. 
O corpo de um jovem de vinte anos não apresenta as mesmas respostas metabólicas quando comparado a alguém na terceira idade - assim como suas responsabilidades no trabalho e na família. Conforme envelhecemos, o metabolismo desacelera, a capacidade de absorção de alguns nutrientes e a elasticidade da pele diminuem, assim como a produção de hormônios. Ao mesmo tempo, cresce o estresse no trabalho, a correria do dia a dia, a preocupação financeira e com o bem estar da família. 

Em meio a tudo isso, o cuidado com a alimentação também sofre, o que pode prejudicar o desempenho nas atividades físicas, sem falar nas consequências para a saúde. Na meia-idade, os indivíduos fisicamente ativos devem se preocupar em repor as perdas impostas pela atividade física e proporcionar condições que favoreçam o treinamento no longo prazo. 
Se você gosta de competir, escolha bem as suas provas durante o ano e, se possível, procure a ajuda de um treinador - nada de ficar se desgastando sem necessidade nos treinos e forçando a barra para fazer provas toda hora. Pesquisas sérias sugerem que, a cada dez anos, uma pessoa adulta tem, em média, uma diminuição de 3 a 4% da quantidade mínima de energia necessária para manter as funções do organismo em repouso. Isso ocorre, entre outros fatores, por causa da redução do nível de hormônio do crescimento e por conta da diminuição na porcentagem de massa muscular em relação a quantidade de gordura corporal. 
A partir dos 60 anos mais ou menos, podem surgir alguns problemas como dificuldade na mastigação, diminuição da produção de saliva e de enzimas digestivas e até uma substancial perda de apetite. Idosos não precisam ter uma alimentação diferente, mas devem evitar ao máximo um jejum prolongado. A sopa no jantar é uma excelente opção para alimentar e hidratar.