quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ATENÇÃO: ALTERAÇÕES CARDÍACAS SÃO COMUNS EM PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

Fonte: globo.com por Nabil Ghorayeb 

Palpitações, acelerações, taquicardias, falhas dos batimentos cardíacos assustam, preocupam, fragilizam e dão sensação de que algo ruim está acontecendo. Muitas pessoas as descrevem como uma sensação de vazio na boca do estômago com um nó na garganta ou uma horrível aceleração no peito. Todos esses adjetivos servem para definir uma crise de arritmia cardíaca, nome geral de qualquer falha ou irregularidade dos batimentos cardíacos. 
O ritmo cardíaco regular varia de 40/50 batimentos por minuto nos atletas bem condicionados até 100/min em um indivíduo descansando. Em média, o ser humano normal tem seus batimentos ao redor de 80/min. Numa emoção violenta ou durante um exercício físico, a frequência cardíaca pode subir instantaneamente de 70/80 para 100/120, sem que isso necessariamente signifique doença. Podemos chamar isso como crise de taquicardia ou aceleração emocional de curta duração. 

Se durante seu treino, você vinha mantendo sua pulsação na faixa de 140/150, de repente você sente que o seu frequencímetro “pula” para 180/200 sem motivo aparente, está ocorrendo uma taquicardia ou aceleração do coração, de causa a ser esclarecida. Imediatamente devemos procurar um pronto-socorro para, se possível, registrar essa arritmia pelo eletrocardiograma, uma das poucas maneiras de chegarmos ao diagnóstico médico. Outra arritmia comum em quem pratica exercícios regulares há muito tempo são as extrassístoles ou falhas no batimento cardíaco. 
Mesmo frequentes (quando contamos mais de 2000 falhas em 24h pelo exame Holter, exame que usa um gravador contínuo do eletrocardiograma), na maioria das vezes elas têm um caráter benigno. Evidentemente que só o especialista pode definir o diagnóstico e a possível conduta e evolução. Dependendo do tipo de arritmia, da sua causa cardíaca e da sua repercussão na saúde, será decidido o melhor tratamento, que poderá ser clínico, apenas com medicação; ou por meio de uma intervenção com cateter, cuja ponta emite radiofrequência como uma espécie de “cauterização” do foco da arritmia no coração. 

A esse procedimento chamamos de Ablação. No período do diagnóstico e tratamento, muitas vezes é necessário o afastamento das atividades físicas. Tudo isso serve para concluirmos que arritmias existem com certa frequência em praticantes de exercícios e esportes, e seu risco de vida é baixo e variável, pois o diagnóstico exato e a eficiência dos tratamentos facilitam sua cura.

sábado, 26 de janeiro de 2013

PRÉ-TEMPORADA: FOTOS DO TREINO FÍSICO NA AREIA












DESEQUILÍBRIO MUSCULAR: FATOR DETERMINANTE NA OCORRÊNCIA DE LESÕES

Fonte: globo.com por Turibio Barros
 
O equilíbrio muscular é um dos quesitos fundamentais para o desempenho do corredor e a prevenção de lesões. Este conceito diz respeito à obtenção de um equilíbrio adequado entre as forças de grupos musculares, que ocorre quando comparamos músculos de um mesmo membro, como na análise comparativa entre perna direita e perna esquerda. Naturalmente, existe uma pequena diferença de força entre, por exemplo, os músculos extensores (quadríceps) da perna direita e da esquerda, devido ao lado dominante. Entretanto esta diferença não pode ser muito acentuada.
Quando a diferença execede um certo limite, caracterizamos um desequilíbrio muscular. Também é importante que as forças de músculos com funções antagônicas de uma mesma perna, como flexores e extensores tenham uma relação adequada. No caso, os extensores são músculos mais fortes que os flexores, porém, quando esta diferença se torna muito acentuada, o que é até um fato que ocorre com frequência, os músculos flexores, que são os posteriores da coxa, se tornam mais vulneráveis.
 
Esta é a razão da grande incidência de lesões musculares na face posterior da coxa. O desequilíbrio muscular não ocorre somente entre flexores e extensores do membro inferior. Pode aparecer entre adutores e abdutores, e entre outros grupos musculares, além dos membros inferiores como flexores e extensores do tronco.
 
Círculo vicioso
Os desequilíbrios musculares podem aparecer, por exemplo, em função de sequelas de lesões pregressas. Quando um determinado músculo não recupera sua força após um período de desuso por lesão, certamente se estabelece um desequilíbrio muscular com músculos sinérgicos e antagônicos, gerando uma vulnerabilidade capaz de aumentar a probabilidade de aparecer uma nova lesão.
Assim, cria-se um verdadeiro círculo vicioso que só será quebrado quando corrigirmos o desequilíbrio muscular. Outra causa de desequilíbrios é o fortalecimento inadequado de determinados grupos por razões estéticas. O desequilíbrio muscular não afeta apenas a probabilidade de ocorrer lesões.
 
Para o corredor, uma musculatura desequilibrada compromete também a biomecânica e a eficiência da corrida, prejudicando sensivelmente o desempenho. Para evitar e corrigir desequilíbrios musculares, o atleta deve sempre se preocupar em procurar um profissional com formação acadêmica adequada para orientar a solicitação das avaliações para diagnóstico e tratamento individualizado.