quinta-feira, 16 de abril de 2015

O QUE PODE CAUSAR PARADA CARDÍACA EM CORRIDAS LONGAS? MÉDICO EXPLICA

Por Nabil Ghorayeb 

Problemas genéticos ou congênitos podem ser diagnosticados em exames, mas desidratação, alta temperatura corporal e a perda de sódio influenciam. Sem pretender causar medo, mas, pelos acontecimentos como o da última meia maratona Golden Four do Rio, onde um atleta de 30 anos sofreu um ataque cardíaco, mas sobreviveu, precisamos esclarecer dúvidas surgidas. Mesmo com o enorme crescimento de participantes nas corridas de rua, a quantidade percentual de complicações graves como parada cardíaca seguida de morte súbita é bem baixa. 
Mas o fato de acontecer em jovens aparentemente sadios causa comoção. Na realidade, a maior frequência de mortes ocorre nos esportes coletivos, em todo o mundo. O que se sabe desses eventos acontecerem nas corridas de rua é que são bem claras as causas que levaram a isso. Pesquisas sobre os participantes das maratonas realizadas em Londres, Copenhague e Jerusalém, coletadas de bancos de dados de um período de dez anos, mostram algumas realidades importantes. Por outro lado, das poucas paradas cardíacas ocorridas, apenas algumas foram recuperadas sem sequelas, as demais evoluíram para a morte súbita. 

As causas detectadas foram, na maioria, a perigosa miocardiopatia hipertrófica obstrutiva (genética) muitas vezes erroneamente confundida com o coração de atleta. Em segundo lugar, está a origem anômala de coronária (congênita). Ambas podendo ser diagnosticadas num exame de rotina de avaliação pré-participação, competente para diferenciar coração normal de doente. Por fim, principalmente quando a corrida é realizada num clima muito quente (acima de 32 graus) a causa foi a hipertermia (onde a temperatura corporal atinge mais de 42 graus), a desidratação isolada (severa perda de água) e a hiponatremia (perda importante de sódio). 
Para completar as causas de morte súbita, as ocorridas em corações normais onde os corações são atingidos pelo uso de anabolizantes sem necessidade médica, pelos energéticos, comercializados livremente, porém ingeridos em quantidade anormalmente elevadas, e pior se associados às bebidas alcoólicas destiladas. Os estimulantes, que na sua maioria são de venda proibida no Brasil, em qualquer quantidade chegam a provocar graves arritmias cardíacas, e assim tem grande potencial de provocar uma parada cardíaca. Finalizando, a conhecida recomendação de se fazer uma avaliação médica competente, saber parar se surgirem sintomas de algo anormal durante uma corrida ou outra atividade esportiva e nunca usar substâncias proibidas, são as únicas maneiras de se evitar uma parada cardíaca, que se não for recuperada em três minutos, se seguirá inexoravelmente a morte súbita.

domingo, 5 de abril de 2015

DEZ DICAS PARA MANTER SEUS JOELHOS SAUDÁVEIS E LONGE DE LESÕES

Por Adriano Leonardi 

Sedentarismo é o principal responsável pelo desequilíbrio e fraqueza muscular com repercussões. Fortalecimento da região é muito importante. Hoje existe um consenso mundial de que o sedentarismo é o principal responsável pelo desequilíbrio e fraqueza muscular com repercussões no joelho. Vai começar a praticar um esporte e teme desenvolver lesões nos joelhos? Seguem algumas dicas preventivas baseadas em estudos atuais:  
Pratique esportes A construção de músculos fortes nos quadríceps e isquiotibiais (anteriores e posteriores da coxa) pode diminuir a dor e ajudar as pessoas a tolerarem melhor algumas doenças. Manter-se ativo também, ajuda a controlar o peso. A chave é saber seus limites. 
Peça orientações a um traumatologista do esporte Sabe-se hoje que algumas descobertas do exame físico predispõem a lesões. Exemplos incluem o alinhamento dos joelhos: estaticamente, joelhos em “x” (genu valgum) e pés planos; e dinamicamente, a fraqueza dos estabilizadores dos quadris (valgo dinâmico) e a pisada pronada, mensurada através da baropodometria. Os dois estão ligados estatisticamente a diversos tipos de lesão, principalmente entre corredores de rua. Um exame importante na avaliação pré-esportiva é o teste isocinético, pois determina desequilíbrios musculares e pode avaliar os tornozelos, joelhos e quadris. 

Peça orientações a um treinador O treinamento incorreto é considerado o principal fator ligado a lesões. Correr sozinho e sem orientações de um educador físico especializado na área pode, por exemplo, fazer com que o corredor adote posturas erradas e aumente subitamente volume e intensidade, também predispondo a lesões. 
Fortaleça o joelho O joelho atua como o principal dissipador de energia cinética no esporte. Ou seja, qualquer impacto ou força de explosão passa por esta articulação. A falta de preparo muscular pode não dissipar corretamente e causar sobrecarga com lesões a cartilagens, tendões e à membrana. O ganho do musculo anterior da coxa (quadríceps) é crucial para o preparo ao esporte, idealmente em uma academia sob a supervisão de um educador físico, evitando-se angulações e posturas lesivas. 
Fortaleça o quadril A musculatura do quadril vem, cada vez mais, ganhando atenção em traumatologia esportiva. Acredita-se que os músculos glúteo médio e mínimo, principais estabilizadores do quadril, quando fortes e de rápida contração, evitam que o joelho “caia para dentro”, fazendo com que a pessoa adote a postura que chamamos de “valgo dinâmico”, muito comum em mulheres que praticam corrida de rua.
Não exagere no treino Picos súbitos de treino visando determinada prova podem ser o “estopim” de uma lesão, principalmente se os tecidos do joelho já estiverem sobrecarregados. Estudos têm demonstrado que, dentre as demais articulações, o joelho trabalha muito próximo aos seus limites fisiológicos e a dor após um treino exagerado pode demonstrar que uma lesão se instalou. 

Mantenha o peso controlado Para se ter uma ideia, a cada passo dado, o impacto de duas a quatro vezes do peso corporal é transmitido através da articulação do joelho. Assim, quanto mais você pesa, mais forte é o impacto em seu joelho. Estudos mostram que, ao perder 10 kg de peso, é possível reduzir em ate 20% da dor dos joelhos com artrose.  
Cuidado com o calçado Tênis confortáveis e com bom amortecedor ao “toque do calcanhar” ajudam a tirar a pressão da articulação do joelho, através da promoção de alinhamento do membro adequado e melhoria do equilíbrio. Para as mulheres, aconselha-se evitar o exagero no uso de saltos altos, pois, além de causarem encurtamento da musculatura da panturrilha, também enfraquecem a musculatura anterior da perna.  
Melhore o equilíbrio O treinamento direcionado a determinada modalidade esportiva, quando aliado a exercícios de pilates, é indicado na prevenção de lesões nos joelhos por melhorar a propriocepção, que é a transferência de informação neurológica a partir uma parte do corpo para o cérebro e de volta novamente. A função de proprioceptores é a de melhorar nas articulações dos membros inferiores . 
Trabalhe as outras articulações Uma boa flexibilidade e bom arco de movimento do quadril e tornozelo ajudam a transmitir e dissipar melhor a força durante o esporte, evitando a sobrecarga nos joelhos.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

INTOLERÂNCIA À LACTOSE: INCOMUM É VOCÊ NÃO SENTIR OS DESCONFORTOS QUE ELA CAUSA

Por Lia Kubelka Back 

Organismo humano é programado para perder progressivamente habilidade de digerir açúcar presente no leite e derivados a partir de dois anos de idade. Em seres humanos, até os dois anos de idade ocorre a produção da enzima lactase, em quantidade suficiente para digerir a lactose (açúcar encontrado no leite e seus derivados) ingerida. A partir desta faixa etária, observa-se um progressivo declínio da atividade desta enzima, mais pronunciada durante a infância e a adolescência. Ela chega a atingir apenas 5% a 10% daqueles níveis apresentados no nascimento, configurando um estado de hipolactasia ou não persistência da lactase. 
Esse declínio na produção da lactase ocorre na maior parte da população mundial, fazendo com que os indivíduos percam a habilidade de digerir a lactose e provocando uma serie de desconfortos, provocando a intolerância à lactose. Apesar de ter se pensado ao contrário por muitos anos, hoje já se sabe que a característica ancestral, ou seja, o "normal", é sermos intolerantes à lactose. O nosso organismo seria geneticamente programado para, a partir dos dois anos de idade, parar a produção da enzima lactase. 

A persistência da enzima lactase surgiu na população humana através de uma mutação, que naquele momento se tornou benéfica para algumas populações, e assim surgiram os indivíduos tolerantes. Em alguns países nórdicos, o percentual de tolerantes chega em torno de 90%, mas não é o que acontece na maior parte do mundo. Um estudo realizado com a população brasileira identificou que 57% dos indivíduos de origem européia eram intolerantes, 80% de indivíduos de origem africana e 100% dos indivíduos de origem japonesa. Ou seja, no Brasil, o comum é você ser intolerante a lactose. 
Até pouco tempo, o diagnóstico dessa característica era realizado através da curva glicêmica ou através do teste de hidrogênio expirado. Ambos os testes demandam um tempo laboratorial e certo desconforto, principalmente em crianças. Hoje já se sabe que em diversas populações mundiais, com exceção de algumas na África, o polimorfismo (LCT-13910C>T ) localizado próximo ao gene que codifica a enzima lactase indica quais indivíduos são geneticamente intolerantes à lactose e quais são geneticamente tolerantes. 

Esse teste não é invasivo, pois a análise pode ser feita através do DNA isolado a partir da saliva. É uma maneira efetiva e rápida de identificar essa condição. Hoje temos cada vez mais opções para quem possui intolerância à lactose. A oferta de produtos é cada vez mais ampla para as pessoas que possuem essa condição, mas muitos ainda desconhecem que apresentam essa característica. O ideal é se observar mais, principalmente após a ingestão de alimentos ricos em lactose, e perceber se existe um desconforto que muitas vezes pode passar despercebido por anos. Vivemos em um país onde o normal é sermos intolerantes à lactose.

sábado, 7 de março de 2015

CAMINHADA PODE "REJUVENESCER" MÚSCULOS DURANTE PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Por Turibio de Barros 

Idosos e indivíduos de meia idade também precisam associar a prática de atividades físicas com a suplementação correta de proteína e aminoácidos. Um trabalho científico publicado na revista Exercise and Sport Sciences Reviews apontou mais um motivo para que idosos e indivíduos de meia idade associem a prática de atividades físicas com a suplementação proteica. 
De acordo com o trabalho publicado, que investigou o resultado de inúmeras pesquisas científicas sobre o assunto, acredita-se que a perda de massa muscular que acompanha o envelhecimento seja decorrente, em grande parte, da dificuldade dos idosos de digerir e absorver as proteínas e aminoácidos. Ou seja, existe uma dificuldade para que esses nutrientes sejam captados de maneira apropriada e suficiente pelos músculos. 

As várias pesquisas citadas mostram que a prática de exercícios associada à suplementação adequada de proteínas e aminoácidos, é capaz de promover o aumento dessa captação de aminoácidos pelos músculos, contribuindo para o aumento da síntese de proteínas, com consequente aumento da massa muscular mesmo durante o processo de envelhecimento. Além disso, as pesquisas mostram que esse estímulo conferido pelo exercício pode perdurar por vários dias. 
De acordo com os achados na literatura científica, pode-se dizer que a prática regular de exercícios “rejuvenesce” o músculo. A boa notícia? Mesmo caminhadas de baixa intensidade já são capazes de anular os efeitos negativos relacionados com o processo de envelhecimento, sendo, portanto, suficientes para atenuar a perda de massa muscular em idosos. O estudo ressalta que é a falta da prática regular de atividades físicas o principal fator responsável pela perda de massa muscular com a idade. Portanto, além de uma ingestão adequada de proteínas e aminoácidos, a adoção de um estilo de vida mais ativo é indispensável para um envelhecimento mais saudável e independente.

quarta-feira, 4 de março de 2015

POR QUE ALGUMAS PESSOAS TÊM MAIS SATISFAÇÃO DO QUE OUTRAS AO TREINAR?

Por Raquel Castanharo 

Pesquisa destaca que os motivados mantém a sua prática por mais tempo em comparação aos que fazem exercício físico com "espírito de obrigação". Você se pergunta de onde aquele seu amigo tira motivação para ir treinar às 5h da manhã, no meio do inverno, em um dia meio chuvoso? Pois os estudiosos de psicologia do esporte se fazem a mesma pergunta. 
É sabido que aqueles que sentem maior satisfação durante a atividade física mantém sua prática por mais tempo em comparação aos que fazem atividade física com um “espírito de obrigação”. Mas o que faz com que algumas pessoas sintam mais satisfação que outras fazendo exercício? Uma pesquisa publicada esse ano pelo Journal of Healthy Psychology investigou essa questão, levantando a hipótese que quanto maior a atenção durante a atividade maior também a satisfação. 

Essa atenção seria um estado de foco no momento presente, voltar a mente para a atividade em si durante a sua realização e não ficar pensando ou fazendo outras coisas. A pesquisa foi feita com 398 pessoas que responderam perguntas sobre seu treinamento de atividade física, nível de satisfação e atenção durante o exercício. Os resultados confirmaram a hipótese dos pesquisadores: quanto maior a atenção, o foco durante o exercício, maior a sensação de satisfação. 
É claro que a predisposição para manter-se um nível elevado e constante de atividade física depende de vários outros fatores, mas esse estudo relacionando atenção com a satisfação no exercício aponta um caminho interessante. Manter a mente quieta e focada na atividade, além de trazer benefícios como melhora do stress, pode ajudar também a tornar a atividade física mais interessante, prazerosa e duradoura durante a vida.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

GENÉTICA NO ESPORTE: POR QUE DOIS ATLETAS QUE REALIZAM O MESMO PROGRAMA DE TREINAMENTO ATINGEM RESULTADOS DIFERENTES?

Por Lia Kubelka Back 

Além do treinamento, da nutrição e altitude, a genética é fator importante para determinar e até mesmo otimizar o potencial atlético de um indivíduo. Dois amigos de aproximadamente 35 anos se inscrevem em um grupo de corrida. Um deles consegue resultados muito bons e se estimula a participar até de maratonas. O outro consegue melhorar seu condicionamento físico, mas tem mais dificuldades em manter as atividades e melhorar sua performance... 
Existem diversos fatores que determinam o potencial atlético. Entre eles estão treinamento, atitude, nutrição e etc. Outro fator muito importante é a genética. Atualmente a genética já pode nos fornecer algumas informações interessantes para otimizar a performance. Os estudos de genética de esportes são relativamente poucos, mas hoje já podemos saber se uma pessoa tem o potencial genético para ser um velocista, por exemplo. Essa característica está associada ao gene ACTN3 que codifica uma proteína actina, associada ao funcionamento das fibras musculares. Algumas pessoas possuem uma deficiência dessa proteína causada por uma variante genética que está associada com os níveis de performance. 

A expressão da alfa-3-actina está restrita às fibras musculares do tipo 2, de contração rápida. Indivíduos com essa alteração genética possuem uma deficiência nas fibras musculares de contração rápida, transformando as características dessa fibra em fibra lenta com altos níveis de estresse oxidativo. Um grande número de estudos em diversas populações mundiais tem demonstrado que variações no gene ACTN3 influenciam a performance atlética. O número de pessoas com a completa deficiência dessa enzima é significativamente menor em grupos de atletas de elite. 
A combinação dos dois alelos funcionais está associada a uma capacidade de explosão, o que o consagra como possível gene da velocidade. Na população em geral, essa variante está associada com as diferenças entre os indivíduos em relação a essa força muscular e a capacidade atlética de cada um. O conhecimento dessa variação é uma ferramenta interessante para um delineamento de treino e plano de atividades mais individualizado no trabalho com atletas, mas também para todos que queiram melhorar seu condicionamento físico.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

SUPER COLETE ELÉTRICO: O SEGREDO DE BOLT, BENZEMA E DA SELEÇÃO ALEMÃ DE FUTEBOL

Por Cassio Barco 

Máquina vira moda na Espanha e ganha notoriedade depois de post de atacante francês do Real Madrid. São tempos modernos. A tecnologia tem mais importância no desenvolvimento do esporte e na transformação de atletas em praticamente super-heróis. Sair na frente e descobrir uma novidade antes dos outros pode até ser vantagem na hora de subir no pódio. 
Na Espanha, a moda do momento no mundo fitness é o colete eletroestimulante, que ganhou grande visibilidade após o atacante Benzema, do Real Madrid, postar uma foto o utilizando. Neste competitivo mundo, é de praxe tentar até manter segredo quanto à utilização de novas tecnologias ou formas de recuperação. Cristiano Ronaldo e Rafael Nadal, do tênis, utilizam uma esteira criada pela Nasa, por exemplo, mas nunca apareceram em fotos com o "brinquedo". O colete, no entanto, passou por um "boom" nos últimos dois anos e começou a aparecer conforme virou o queridinho de atletas como Usain Bolt e do departamento médico do Bayern de Munique que o utiliza com todos os seus atletas. 

O equipamento tem influenciado nos tempos do homem mais rápido do Mundo, ajuda os alemães que fizeram a base da seleção campeã da Copa do Mundo e ganharam do Brasil de 7 a 1, e colabora com a boa fase de Benzema no setor ofensivo do Real. A máquina completa, que envolve parte de membros superiores e inferiores, e um controle de intensidade de carga elétrica para cada músculo, custa em torno de R$ 50 mil - e não é o tipo de instrumento que pode ser comprado e utilizado sozinho, sem o acompanhamento de um especialista. 
Embora o objetivo inicial fosse ser um instrumento caseiro, para fins terapêuticos e tratamento de celulite, e depois tenha se descoberto o potencial com atletas de ponta. Tudo se baseia no processo elétrico do corpo, e o colete tem a função de acelerá-lo. Quando você faz exercícios na academia, a comunicação entre músculos e cérebro já é um processo de geração de energia. Entretanto, em uma atividade de uma hora e meia a duas horas, mesmo de um atleta de ponta, consegue-se utilizar no máximo 50% da capacidade das fibras musculares. A utilização do colete faz com que a eletricidade penetre no restante e faça com que uma capacidade de até 90% seja alcançada. 

Como isso funciona? Por choques elétricos. Não são choques fortes, mas a sensação pode chegar a ser um pouco desconfortável em uma primeira experiência, como encostar em um fio mal encapado. A regulação da intensidade disso varia de acordo com o nível do atleta, seja iniciante ou de elite. A roupa é molhada e o colete, extremamente apertado para otimizar a condução da corrente elétrica. A cada quatro segundos, a pessoa recebe uma descarga em seus músculos. 
- O que surpreendeu Benzema e Usain Bolt é que, mesmo sendo atletas de alto nível, puderam ainda assim melhorar o rendimento com o colete. Isso é o que chama atenção. E não ajudamos só eles, já atendemos desde atletas de MMA até os de golfe. Cada modalidade recebe um trabalho específico - explica Francis Borrell. - Um jogador de futebol, que trabalha muito as pernas diariamente recebe atenção maior nos membros inferiores. Um lutador de MMA faz exercícios para desenvolver elasticidade, reflexo, e força máxima. Assim atendemos a todos em altos níveis de exigência - compara David Estruc. 

Democrático, intenso e prático. Os treinos com o colete são tão fortes que, mesmo para atletas profissionais, são realizados apenas duas vezes por semana, e por um período de 20 minutos. Embora não pareça um exercício tão forte, o estímulo enviado ao cérebro é de uma prática muito mais potencializada, que traz resultados maiores. A rapidez é outro atrativo para clientes, desde não atletas, que possuem pouco tempo de intervalo, a jogadores como Benzema, que possuem agenda apertada. Por isso, o recente "boom" na utilização. - É importante lembrar que não se trata de uma máquina mágica. Ela pode deixar sua vida e seu corpo melhores, mas é um complemento. Você deve misturá-la com uma padrão de vida saudável, alimentação regular, e intercalar com a prática de outros esportes, seja qual for o seu favorito, a corrida ou o futebol - ressalta Estruc.