Alvo de críticas por acenar com resultados rápidos decorrente de programa bem mais agressivo, o modelo exige uma aptidão mínima para ser aplicado. Todo tipo de treinamento físico tem suas indicações específicas. Este é também o caso do modelo de treino denominado crossfit que tem virado moda nas academias ultimamente. Trata-se de uma metodologia que acena com resultados rápidos decorrentes de um programa mais agressivo e que por esse motivo tem sido também alvo de muitas críticas.
Na verdade, o problema não está no modelo do treinamento, e sim na indicação de quem pode ser submetido a ele. Como em qualquer programa, existe uma exigência mínima de aptidão para que ele possa ser aplicado. O problema é exatamente o apelo dos resultados rápidos, que seduz os ansiosos por resgatar uma aptidão física e um resultado estético em curto espaço de tempo. Estas pessoas se esquecem de que o excesso de peso e a falta de um condicionamento físico adequado geralmente decorrem de anos de vida sedentária e requerem um planejamento adequado para serem corrigidos.
Quando um treinamento como o crossfit é utilizado em indivíduos sem um mínimo de aptidão, de fato o resultado costuma ser desastroso. São esses casos que resultam em lesões como tendinites, problemas musculares e até mesmo em episódios mais graves, gerando a polêmica que atualmente existe.
Um dos apelos que costumamos ver divulgando programas com essa característica é o de prometer, por exemplo, que uma sessão de treino promova um gasto calórico de cerca de mil calorias, seduzindo os portadores de excesso de peso a adotarem tamanha efetividade.
É preciso que se diga: para gastar mil calorias em uma sessão de treino o indivíduo precisa ser um atleta altamente treinado. O gasto calórico desta magnitude não depende da efetividade do treino e sim da potência do “motor metabólico” do praticante.
Quem inicia um programa de treinos sem uma boa aptidão tem que se conformar em gastar no máximo umas 300 calorias por sessão. Em resumo, o correto não é criticar o crossfit e programas similares, e sim criticar quem o indica ou o adota sem a devida aptidão.
Fonte: globo.com Por Turibio Barros
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