segunda-feira, 7 de abril de 2014

PLASMA RICO EM PLAQUETAS ACELERA RECUPERAÇÃO DE LESÕES MUSCULARES

Fonte: globo.com por Adriano Leonardi 

Estudos mostram que terapia atua na lesão muscular acelerando tempo de cicatrização e recuperação total com volta à vida normal em menos tempo. A contusão muscular ocorre quando um músculo é submetido a uma força de compressão rápida como um golpe direto, um chute por exemplo. No estiramento, o músculo é submetido a uma tração “puxão” excessivo levando à sobrecarga das fibras musculares e, consequentemente, a sua ruptura perto da região de membranas ou entre o músculo e o tendão. 
A lesão muscular cicatriza através de um processo chamado “reparação”, na qual há formação de tecido fibroso de cicatriz entre as duas partes de músculo lesionado. A fratura do osso cicatriza por “regeneração”, cura através da produção de calo ósseo que, posteriormente se remodela em tecido ósseo. Todas as lesões musculares passam por três fases no processo de cura: 

1) Fase de destruição: Caracterizado pela ruptura e formação de um hematoma e uma reação inflamatória nas pontas dos músculos após a ruptura. 
2) Fase de Reparação: Composto pela produção de uma cicatriz de tecido conectivo assim como revascularização por crescimento de capilares na área lesada. 
3) Fase de Remodelação: Um período de retração e reorganização do tecido cicatricial e recuperação da capacidade funcional do músculo. Podemos classificar os estiramentos de acordo com as dimensões da lesão em grau 1, 2 e 3 dependendo da extensão da área afetada. 
Fatores de risco:
-Deficiências de flexibilidade 
-Desequilíbrios de força entre músculos de ações opostas (anterior e posterior) 
-Lesões musculares antigas com reabilitação incompleta 
-Distúrbios nutricionais 
-Distúrbios hormonais 
-Alterações anatômicas e biomecânicas 
-Infecções e fatores relacionados ao treinamento (aquecimento inadequado, incoordenação de movimentos, técnica incorreta, sobrecarga e a fadiga muscular) 

Sintomas:  
Dor súbita localizada, de intensidade variável, algumas vezes acompanhada de um estalido audível ou de uma sensação de pedrada. Ocorre geralmente durante a explosão muscular na corrida, salto ou arremesso e culmina com a incapacidade de realizar o mesmo movimento. A intensidade dos sinais e sintomas pode variar de acordo com a gravidade. 
Tratamento:  
Os princípios do tratamento seguem o método PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro acometido). O repouso do membro afetado com a utilização de tipoias, muletas, estabilizadores articulares está indicado nos estiramentos de grande magnitude. O retorno ao esporte após uma lesão muscular deve ser individualizado e, levando-se em conta que o tecido se recupera através da formação de cicatriz fibrosa entre os cotos do músculo. O foco principal da equipe que acompanha o paciente é a prevenção da recorrência da lesão, pois, muitas vezes, o indivíduo encontra-se completamente livre da dor e APARENTEMENTE esta apto ao esporte e, em um movimento “banal”, ocorre uma nova lesão. Quanto maior for o grau de sua lesão muscular, maior será o tempo de retorno ao esporte. 

Novos tratamentos:  
As plaquetas ajudam o processo de recuperação do corpo , pois contêm fatores de crescimento ; derivado de plaquetas (PDGF) , transformador de crescimento (TGF ) -ß , semelhante à insulina (IGF ) e o de fibroblastos (FGF) , para citar alguns. Após a ativação, esses fatores são liberados e enviados para ajudar a curar feridas em cicatrização. Neste tipo de tratamento aumentam a concentração de plaquetas em até 8x no sangue da pessoa em recuperação. Pesquisadores americanos induziram uma lesão muscular em ratos e observaram efeitos significativamente positivos e notaram uma recuperação mais rápida em geral em relação aos animais com lesão muscular que nao receberam o tratamento de Plasma Rico em Plaquetas (PRP). Espera-se que o PRP atue na lesão muscular acelerando seu tempo de cicatrização e que haja maior número de células tronco para que mais músculo ( e menos cicatriz) seja formado.

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