sexta-feira, 15 de junho de 2012

ADAPTAÇÕES NO MÚSCULO ESQUELÉTICO COM O TREINAMENTO AERÓBIO

Quando falamos em treinamento físico, consequentemente pensamos nos efeitos que a atividade física provoca em nosso organismo e sabemos que interfere em vários sistemas, no caso do treinamento aeróbio ele interfere efetivamente na função cardiovascular, devido ao aumento do VO2máx por virtude das adaptações cardiovasculares centrais e periferias, além de reduzir após um período a FC de repouso e aumentar progressivamente o gasto energético. 
Quando realizamos atividades de diferentes vias metabólicas ocasionamos alterações específicas em todos os sistemas, no caso dos músculos também acontecem essas adaptações fisiológicas devido ao treinamento. Com o treinamento aeróbio nossa musculatura sofre alterações tanto de caráter estrutural como funcional, estão principalmente ligadas às alterações mitocondriais, capilarização e também a hipertrofia muscular após um período de treinamento ou ainda estão associadas com as ações enzimáticas, oxidação de carboidratos e gorduras. 
Começando pelas estruturais, ocorre o aumento na densidade capilar, ou seja, no número de capilares que circundam a fibra do músculo esquelético, que auxiliam na transferência de oxigênio rico em nutrientes entre a corrente sanguínea e os tecidos, esta alteração acontece com mais facilidade nas fibras tipo IIb, porém pode acontecer em todos os tipos de fibras com a interferência do treinamento. Também ocorre a hipertrofia do músculo esquelético, de forma lenta e progressiva, no entanto o treinamento aeróbio também provoca aumento na secção transversa do músculo e outra alteração muito importante é biogênese mitocondrial. 
A biogênese mitocondrial auxilia efetivamente nas alterações funcionais, pois, o aumento do número de mitocôndrias na célula muscular aumenta também a capacidade para produção de energia e obviamente auxilia no sistema oxidativo, como a melhor degradação dos carboidratos, pois, auxilia a degradar completamente o glicogênio, auxilia também no aumenta da reserva de glicogênio, em virtude da melhoria das ações enzimáticas responsáveis pela síntese do glicogênio. Melhora também a oxidação de gordura, que é uma ótima fonte de energia para atividades de baixa intensidade, principalmente pelo aumento das enzimas responsáveis pelo fracionamento de grandes moléculas antes de entrarem no ciclo de Krebs. Em geral a atividade aeróbia provoca alterações em várias enzimas participantes do ciclo de Krebs como resultado do aumento do material mitocondrial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário