Fonte: globo.com por Cristiane Perroni
A preocupação com a hidratação antes, durante e após a atividade física é fundamental para a preservação do nosso sistema imunológico. A defesa do organismo contra microrganismos que entram através do trato gastrintestinal e respiratório é realizada por anticorpos, principalmente pelas Imunoglobulinas tipo A (IgA), que estão presentes principalmente na saliva.
A secreção de saliva é regulada pelo sistema nervoso autônomo, sendo composta por uma mistura de secreções das glândulas parótidas, submandibular, sublingual e de outras pequenas glândulas que possuem inervação simpática e parassimpática.
Essas estruturas formam o mais importante reservatório das fontes de IgA para proteção do trato respiratório superior.
Redução do fluxo salivar pode diminuir a quantidade de lgA, expondo o indivíduo a riscos de doenças do trato respiratório superior. No esporte isso poderia trazer consequências como sintomas de inflamação na garganta, congestão, coriza, febre, prejudicando o treinamento de atletas e praticantes de atividade física.
É fundamental garantir um bom nível de secreção salivar durante o exercício, para impedir reduções acentuadas nos níveis de IgA. Uma forma de assegurar isso é se manter hidratado.
A ingestão de líquidos ao longo do exercício deixa a boca constantemente molhada, enviando sinais ao sistema nervoso para que a produção de saliva não pare, prevenindo a desidratação, preservando o fluxo salivar e consequentemente a concentração de IgA.
Devemos ingerir de dois a três litros de água diariamente, ao acordar e entre as refeições. Manter a hidratação durante a prática esportiva, ingestão de 200ml de água a cada 2 a 3km ou 15 minutos.
Em atividade acima de uma hora ou de alta intensidade é necessária a reposição também de glicose, sódio e potássio, através da ingestão de bebidas esportivas.
A alimentação é outro elemento importante para o bom funcionamento do sistema imune e prática do exercício. Indivíduos mal nutridos apresentam redução na imunidade, sobretudo de IgA, prejudicando a capacidade dos atletas ou praticantes de atividades físicas de se protegerem contra agentes patogênicos, ficando mais suscetíveis às infecções.
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