Por Turíbio Barros
Ela alivia o impacto, poupando tornozelos, joelhos quadril e coluna, dando chance de obter benefícios do exercício sem sobrecarga nas articulações Em um episódio recente do programa Esporte Espetacular, uma matéria chamou a atenção, tanto por abordar o atleta considerado o melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, quanto por discutir os fatores responsáveis pelo seu desempenho físico excepcional. Além da contribuição genética decorrente de uma avó de origem africana, a matéria enfatizou a importância de particularidades de seu programa de treinamento.
O recurso que mais chamou a atenção foi sem dúvida uma esteira desenvolvida pela NASA, que permite correr com redução de até 80% do peso corporal. A curiosidade que ela desperta justifica fazer algumas considerações sobre seu princípio e seus benefícios. Esta esteira foi de fato concebida em função da necessidade detectada pela NASA de treinar os astronautas a fazer exercícios com o peso corporal reduzido pela menor gravidade no espaço.
Ela possui um recurso que sustenta o peso do indivíduo pela cintura, dentro de uma câmara na qual existe uma pressão de ar que permite graduar o percentual desejado do peso corporal ao andar ou correr sobre a cinta da esteira.
Os benefícios decorrentes destas propriedades são tanto do ponto de vista fisioterápico quanto de condicionamento físico.
A redução do peso corporal alivia o impacto sobre o aparelho locomotor, poupando tornozelos, joelhos quadril e coluna, proporcionando a possibilidade de obtenção dos benefícios do exercício sem sobrecarga nas articulações. Este recurso também antecipa os exercícios de andar e correr em períodos de recuperação de traumas e cirurgias ortopédicas, acelerando o processo de reabilitação.
No aspecto do condicionamento físico, a esteira proporciona o importante benefício de capacitar o indivíduo a correr em velocidade muito superior à habitual, na medida em que se diminui o peso a ser sustentado. Este recurso desenvolve uma sensível melhora da coordenação motora, contribuindo tanto para melhorar a velocidade, quanto para aperfeiçoar a economia de movimento ou seja, a eficiência mecânica, fator determinante de desempenho.
No caso do Cristiano Ronaldo, realmente chama muito a atenção a perfeição da sua mecânica de corrida, que certamente teve a influência de um aperfeiçoamento como contribuição do treinamento nesta esteira. A “esteira espacial” ou anti-gravitacional já existe no Brasil e é um recurso que certamente vai cada vez mais ser incorporado em clubes, clínicas e academias, proporcionando aos usuários o benefício de um avanço tecnológico com resultado comprovado na reabilitação e na melhora do desempenho.
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