Estamos acostumados com textos comentando sobre a importância da estrutura esportiva, recentemente o canal Sportv divulgou uma pesquisa da Universidade de Viçosa(MG) aonde foram analisados as estruturas das equipes de futebol da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, além das análises foram apresentadas também entrevistas com profissionais do esporte nas quais sem exceção todos enfatizavam a importância da estrutura e do planejamento, resolvi então transferir esse tema para o futsal e citar exemplos vivenciados em nossa rotina de trabalho.
Acompanhei de 2009 até hoje uma significativa evolução na melhoria das condições estruturais e simultaneamente o alcance de objetivos e resultados expressivos, lembro quando cheguei em São Paulo e tínhamos duas “casas” o Parque São Jorge e o ginásio de São Caetano do Sul, sofríamos com deslocamentos e principalmente com a falta de identidade com nossa torcida, afinal não mantínhamos uma sequencia de jogos superior a 30 dias em nenhum lugar. Raramente ainda vemos clubes que acreditam que apenas bons profissionais e bons atletas são o suficiente para a produção de resultados, a consciente esportiva mudou e melhorou muito, hoje dirigentes e patrocinadores entendem que profissionais precisam de estrutura para trabalhar (ginásio, academia, fisioterapia, fisiologia e etc...) atletas necessitam de condições de trabalho (material esportivo, alimentação, conforto e comodidade em viagens e períodos de repouso) todos esse fatores englobam a estrutura de uma equipe de alto rendimento.
Recentemente nossa comissão estava conversando sobre o período que os atletas paulistas perdem diariamente no transito, fizemos então uma conta básica, alguns atletas levam uma hora de sua casa até o clube, ida e volta 2 horas, se trabalharmos em média 5 dias por semana, totalizamos 10 horas, são 40 horas por mês, o que representa quase dois dias no trânsito, multiplicando isso por 10 meses apenas, são mais de duas semanas dentro do carro durante o ano, chega a ser surpreendente o tempo que se perde apenas para chegar ao trabalho.
Com esse cálculo rápido chegamos a uma conclusão muito simples, temos a obrigação de criar meios que auxiliem na recuperação dos atletas, iniciando pela alimentação equilibrada e qualificada durante todo o período que o atleta está no clube, o que engloba café da manhã, almoço e lanche antes do treino da tarde. Precisamos de um local propicio para o repouso entre os períodos de treinamento, afinal o atleta não consegue ir para sua casa após o treino da manhã e retornar para o treino da tarde, além disso, diariamente realizar controles fisiológicos, pois, assim conseguimos diagnosticar qualquer desgaste muscular ou alteração enzimática que posso representar risco de lesão
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